Grupo que comanda o Manchester City mantém negociações de compra do Atlético-MG

O City Football Group, dono do Manchester City e outros clubes, ainda mantém sua proposta de compra do Atlético-MG, em análise desde o início da temporada. O grupo tem interesse em ampliar seus negócios de futebol na América do Sul, e se interessa pelo galo mineiro, que também avalia a possibilidade de criar uma estrutura da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Com isso, poderia receber investimentos externos, como os propostos pelo City Football Group, incluindo a aquisição de 51% do clube-empresa atleticano.

No entanto, as negociações ainda estão acontecendo, uma vez que a proposta inicial não agradou a diretoria. Os dirigentes consideram que o valor proposto ainda é baixo. Inicialmente, eles trabalham com um valuation próximo a R$2 bilhões.

Durante o mês de abril, os representantes do clube e o CEO do grupo britânico se encontraram para continuar as negociações de compra do Atlético-MG.

Contudo, o time não apresenta uma posição favorável, uma vez que sua situação financeira está frágil. Mesmo tendo um dos elencos mais caros do futebol brasileiro, o clube mineiro possui um endividamento que bateu R$1,3 bilhão em junho de 2021, conforme fechamento mais recente.

Além disso, as recentes polêmicas com seus principais jogadores também não colocam o time em uma boa condição de negociações externas.

Instabilidade no cenário não influencia na compra do Atlético-MG

Apesar da proposta já ter sido feita há algumas semanas, o City Football Group não parece ser influenciado pela instabilidade vivenciada no cenário futebolístico brasileiro nas últimas rodadas, como, por exemplo, a entrada do novo técnico e auxiliares.

Embora a rotatividade de jogadores e profissionais pareça uma preocupação, trata-se de um acontecimento comum, segundo matéria publicada no Betway Insider, site de palpites no Brasileirão 2022.

Apenas no Campeonato Brasileiro de 2020, foram 26 trocas de treinadores, uma média um pouco maior de duas a cada três rodadas.

Em 2021, o número caiu para 20. No entanto, isso foi resultado apenas de uma imposição aos times, que restringiu as demissões para uma por clube. Na edição 2022, a medida deixou de ser vigente, e a tendência é que o número retorne ao mesmo patamar.

Especialistas podem indicar um ponto de atenção nessa instabilidade, mesmo que ela não tenha demonstrado influência nas propostas de compra do Atlético-MG.

Para a Betway, casa de apostas online, existem alguns motivos que justificam essa rotatividade, como a incapacidade dos dirigentes, que possuem pouco conhecimento do futebol, e mesmo a pressão dos torcedores e da mídia esportiva.

Contudo, também aponta outras razões que podem colaborar para essas mudanças.

Insatisfação pessoal também motiva contratações

Conforme matéria no Betway Insider, a insatisfação pessoal dos técnicos também motiva contratações e demissões.

É o caso de Vagner Mancini, técnico que se destacou em seu primeiro trabalho com o título do Campeonato Estadual de 2005 com o Paulista.

No entanto, desde então, passou por 23 cargos em 18 anos. “Férias, só tenho quando estou entre um clube e outro. Não consigo de maneira nenhuma me programar para isso”, confessa o técnico em entrevista para o site de apostas.

Contudo, segundo a matéria, o treinador também possui uma parcela de culpa.

Em um de seus últimos trabalhos, Mancini se destacou no América-MG, próximo de conquistar a vaga na Libertadores. No entanto, escolheu deixar o cargo com o campeonato em andamento para tentar salvar o Grêmio do rebaixamento, sem sucesso.

Posteriormente, foi demitido após o início do Campeonato Gaúcho, com o time ainda invicto.

Trata-se de um exemplo que pode impactar investidores do exterior, especialmente com a nova temporada em andamento e os títulos em jogo.

Assim, as negociações de compra do Atlético-MG podem ficar na espera por alguns meses, e retornarem após maior consolidação do clube quanto à instabilidade do cenário.