Sim, é exatamente isso! Para um bom atleticano 31 de dezembro para o dia primeiro de janeiro é apenas
mais um churrasco ou um reveillon em algum clube, talvez em um outro local público, tem ainda os que
passam na igreja, pode ser um jantar em família acrescido de alguns amigos e para outros, no trabalho
mesmo. Nosso ano começa de verdade quando o Galo entra em campo.
Quando isso acontece nossos dias da semana passam a ter sentido. Olho na tabela para saber o próximo
adversário e atenção aos noticiários para ver a escalação. Daí para lá é só fazer o que sabemos bem: torcer
e apoiar, com direito a alguns xingamentos, explosões de nervos, chutes e socos no ar. Comentar sobre a
primeira escalação do ano, as primeiras substituições, quem deveria ter entrado como titular ou quem não
deveria.
Foi dado o pontapé inicial para 2023 e já se foram os dois primeiros jogos de uma temporada a qual acredito
muito, possa render no mínimo um dos grandes títulos que serão disputados (outro triplete seria
sensacional, mas no futebol brasileiro esse tende a ser um evento esporádico, embora possamos ter a ilusão
de um doblete! Ok, estou empolgado) mesmo reconhecendo que neste ano mais times estão fortalecidos
em relação ao ano anterior. Recebemos reforços em todos os setores e a julgar pela opinião da maioria dos
atleticanos com quem conversei, os atletas que chegaram são todos confiáveis e vistos como bons reforços,
então só nos resta a expectativa de que em campo joguem o que se espera de cada um.
No ataque ou meio pra frente, já que ao menos nesse início não ficou bem claro a posição do Paulinho, creio
que veremos muitos gols dele em parceira com Hulk. A estreia podemos dizer que foi super aprovada com
boas chances de gols perdidas, mas que com mais treinos e ritmo de jogo certamente serão corrigidas, e não
podemos esquecer do Vargas que terminou bem o ano anterior e tem treinado muito bem. No primeiro jogo
senti o Edenílson ainda um pouco deslocado, principalmente no primeiro tempo quando não conseguiu um
bom posicionamento, o que foi corrigido para o segundo tempo. Já Patrick foi mais consistente e já nos
apresentou um cartão de vistas mais confiável. Na zaga, Bruno Fuchs certamente não nos fará ter saudades
do Junior Alonso.
Contra a Tombense algumas alterações para rodar um pouco o elenco, aos poucos as peças vão se
encaixando, o time vai encorpando, a torcida vai se empolgando… até a estreia da Libertadores, que é um
dos títulos que realmente importa na temporada. Claro que o Campeonato Mineiro tem sua importância,
afinal, precisamos continuar mandando no nosso terreiro e obviamente que além de buscar mais um título
(de preferência em uma final contra os recém chegados da BBB) alguns jogos do estadual serão úteis para
que o elenco crie um padrão de jogo e possa assimilar melhor as ideias da nova comissão.
Pela segunda vez nos últimos anos, um treinador chegou praticamente como unanimidade (Sampaoli foi o
primeiro), fico aqui pensando: “Se Eduardo El Chacho Coudet conseguiu montar um esquema em que Thiago
Galhardo se destacou, como não ficar animado!?”. Futebol não é uma ciência exata, claro, mas não tem
como deixar de criar expectativas principalmente depois de ver que o que foi demonstrado pelos adversários
em campo até aqui não foi nada de excepcional. Claro que todos os rivais possíveis ainda irão melhorar o
entrosamento e nesse aspecto podemos ter vantagem pois nossa base está mantida, porém, já vimos do
que esse elenco é capaz, ainda impulsionados por um treinador elétrico e a nova Arena..
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