Opinião: Apesar dos 100% de aproveitamento, Galo ainda não convence para o clássico e para a estreia na Libertadores

Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Amanhã (08), o Atlético entra pela quarta vez nos gramados na temporada, contra o Democrata de Sete Lagoas, pelo Campeonato Mineiro.

Com 100% de aproveitamento, o time aos poucos vem ganhando a cara do treinador Eduardo Coudet, e alguns nomes como o do meia atacante Pedrinho e o do meio-campo Igor Gomes vem se destacando, mostrando que podem ser peças importantes para a equipe durante a temporada.

Entretanto, com pouco prazo para o primeiro clássico do ano e a 15 dias da estreia na tão sonhada Libertadores, o desempenho da equipe em campo preocupa e não é pouco.

Nos primeiros 3 jogos do ano, a equipe não convenceu tanto a torcida. Em todos eles, o time passou por grandes dificuldades para conquistar o triunfo, conseguindo “liquidar” as partidas somente no final dos jogos. Os placares apertados dos jogos em nada mascara as más atuações.

Contra a Caldense, só foi possível a vitória, graças a defesa de pênalti sensacional do goleiro Everson, no último quarto da partida. Contra a Tombense, a vitória veio pelo talento individual de Hulk e Vargas, tendo o time passado por riscos durante todo tempo. Contra o Ipatinga, o Galo também sofreu e muito. O gol feito por Rubens, aos 42 minutos do segundo tempo, só retratou a aflição que foi o jogo inteiro.

Muito burocrático, o time não deu sequer lampejos de criatividade. Com poucas chances de fato perigosas criadas, baixíssimo repertório, o Atlético em nenhum dos 3 jogos apresentou um poder de ataque que animasse, marcando os gols por conta dos pênaltis, no caso do jogo contra a Caldense; no talento individual de Paulinho e Hulk – conforme dito anteriormente -, no caso do jogo contra a Tombense; e um pouco na sorte, como contra o Ipatinga.

O meio campo, apesar de alguns sinais interessantes e positivos defensivamente, ainda não atingiu um patamar que se espera de uma equipe campeã. Lento e muito oscilante durante as partidas, ainda não mostramos uma dinâmica relevante na criação, estando quase que totalmente dependentes de um golpe de sorte no ataque para concluirmos uma jogada.

E na defesa… Bem, na defesa a situação ainda é mais preocupante. Com a bola nos pés, não há grande problemas, mas quando o time é atacado… que sufoco!

Durante praticamente todos os jogos-treinos e partidas oficiais, as coisas não foram tão bem. Há uma fragilidade muito grande nas bolas aéreas, a principal responsável pelos gols levados nos jogos de pré-temporada e também contra a Caldense. Além disso, o time foi envolvido pelas equipes do interior em diversas situações dos jogos, tendo que contar com defesas impossíveis do goleiro Everson, que juntamente com Allan, tem sido o principal – ou um dos únicos – nome do setor defensivo.

Diante disso, tal desempenho preocupa, pois, com todo respeito, os adversários anteriores não são um grande parâmetro para o que almejamos de grande nessa temporada.

O clássico está às portas e com ele, uma cobrança e exigência muito maior em campo. É necessário estarmos bem, para não só vencermos, mas para vencermos e convencermos em campo. Depois disso, outra grande final: Carabobo x Galo, no próximo dia 22.

É hora de colocarmos esse time na forma e começarmos a mostrar para o que viemos. É hora de mostrarmos para o mundo a nossa cara. Grande tragédia seria ter toda uma temporada arruinada precocemente, logo no ano da inauguração da tão sonhada Arena do Galo.

E que amanhã, contra o Democrata de Sete Lagoas, seja o começo de uma grande fase a ser vivida por nós nesse ano que nos espera.

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