Amanhã (15), o Atlético enfrenta o Millonários (COL), pelo jogo de volta da Pré-Libertadores. Graças ao gol de empate de Paulinho no jogo de ida, o Galo precisa apenas de uma vitória simples para conseguir alcançar o seu objetivo.
Porém, apesar do cenário não aparentar ser o mais complexo, o jogo traz consigo o peso de ser a partida mais importante do ano. Isso se dá ao fato de que a equipe não pode mais vacilar, pois o que está em xeque é a classificação para a fase de grupos da Libertadores, o principal sonho na temporada.
Embora esteja oscilante, amanhã o Galo tem a oportunidade de espantar qualquer possibilidade de crise no clube. Uma boa exibição se faz fundamental, pois não só nos garante a classificação, como também tende a elevar a moral da equipe e eliminar qualquer desconfiança da torcida quanto ao padrão de jogo apresentado.
Para isso, o time, que na minha opinião apresentou alguma evolução no primeiro jogo, precisa urgentemente consertar alguns aspectos em seu estilo de jogo.
Na defesa, mais uma vez a bola aérea foi a grande vilã. Em praticamente todos os jogos temos passado apertos defensivos com esse tipo de jogada. Em um jogo eliminatório de suma importância, como o de amanhã, um vacilo desse poderá nos custar simplesmente o nosso maior sonho no ano.
Nas laterais, Saravia e Dodô ainda não se mostraram tão confiáveis. No lado direito, ainda temos a opção do Mariano, porém, o veterano também não iniciou a temporada com a mesma segurança apresentada nas últimas, cometendo alguns erros defensivos, que não fazem parte de seu futebol. Na esquerda, o Atlético tem disponível o jovem Rubens, que na minha opinião, hoje é a melhor alternativa defensiva e ofensiva na ausência de Arana, porém, não deve iniciar o jogo de titular.
No meio campo, falta muita criatividade. Extremamente burocrático, o Atlético não é um time hoje que é marcado por criar muitas chances de gols ou por dar trabalho às defesas adversários. Ao contrário disso, no que tange aos jogos mais difíceis, o Galo contou muito mais com o talento individual de alguns de seus jogadores, do que com um grande desempenho coletivo.
Já no ataque, o Galo provavelmente deverá apostar mais uma vez na dupla Hulk-Paulinho. Apesar dos bons números, acho interessante ligarmos um alerta quanto a isso: o Paulinho, na minha opinião, ainda não se firmou e o Hulk caiu um pouco de rendimento nas últimas partidas. Isso não seria tão preocupante, se os dois não fossem responsáveis por aproximadamente 2/3 dos gols do time na temporada.
Tal distribuição de gols também nos revela o pouco repertório ofensivo da equipe, afinal, esperava-se mais que os três meio campistas de frente – Edenílson, Patrick e Pedrinho – pisassem mais na área, além da escassez nos gols de bola área, haja vista que nenhum zagueiro também se destacou nesse aspecto. Obviamente, não podemos depender disso, mas até aqui, nossas armas tem sido muito limitadas.
Mas, para não ser tão corneta, assim como nem tudo tem sido rosas no Galo, nem tudo é só espinhos também. Apresento tais críticas, pois acredito que o que tem sido apresentado até aqui não seja o teto final dessa equipe e há sim sinais de evolução.
Embora estejamos a dois jogos sem vencer e tenhamos conhecido a primeira derrota no último final de semana, o Atlético mostrou bons indícios de melhora no jogo de ida. Na medida do possível, controlamos o jogo e poderíamos ter saído de lá com um resultado ainda melhor.
Não à toa, o Galo detém um amplo favoritismo para a final de amanhã. Há um potencial nesse time, porém, só vamos de fato comprarmos essa ideia, se esse amplo favoritismo se confirmar em campo.
Com essa confirmação amanhã, não tenho dúvidas de que iremos com tudo em busca da glória eterna e com muito mais moral e confiança para os próximos desafios.
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