Com o fim da janela de transferências no Brasil se aproximando no dia 04/04, as diretorias de algumas equipes estão trabalhando de forma árdua para finalizarem os seus negócios e fortalecerem seus elencos, em busca de seus principais objetivos para a temporada.
No Galo, desde o início do ano, não foi diferente. Até o momento, o clube anunciou a contratação de 8 jogadores, além das voltas do meias Hyoran e Nathan, que têm sido bem aproveitados neste início de ano.
Vale dizer que, dentre todos esses jogadores, nenhum deles representa um alto investimento, reiterando desde o início o discurso da diretoria e jornalistas sobre a delicada situação financeira do clube. Vale dizer também que não há nenhuma perspectiva de algum alto investimento, afinal, toda renda que tem entrado aparenta ser destinada para cobrir os gastos e as dívidas de curto prazo que o Atlético tem.
E é aí que vem a grande preocupação da torcida: como conciliar um trabalho com austeridade, ao passo de montar um time competitivo?
No Galo, apesar das contratações, a conclusão que muitos tem chegado com o desempenho da equipe em campo é que o time enfraqueceu muito. Ora, jogadores importantíssimos como Júnior Alonso, Jair, Nacho e Keno saíram do clube, e das reposições, somente o zagueiro uruguaio Lemos e Paulinho tem convencido – além da minha menção pessoal e nada unânime entre a torcida de Patrick.
Além disso, mais jogadores já tiveram seus nomes vinculados a outros clube, como Ademir, que fecho com o Bahia e Sasha, muito próximo do RB Bragantino. Pode-se sim questionar quanto à qualidade destes, mas é inegável o fato que suas respectivas saídas deixarão uma lacuna, afinal, o elenco não possui nenhum outro jogador com as mesmas características.
Mas então, o que fazer diante dessas saídas e diante da escassez de dinheiro para investir? Há uma solução?
Bom, não podemos dar uma resposta para isso, mas temos algumas alternativas.
A primeira delas é de fato o clube investir mais em seus jogadores da base, dando oportunidades no time principal. Infelizmente, isso não é uma tradição constante em nosso e tem sido muito raro o Atlético revelar um jogador de ponta nos últimos anos. Porém, só surgirão novos “Bernards” e “Bremers” se de fato investirmos nas joias que temos e darmos oportunidades de evoluírem no profissional. Como principais nomes disso, temos o Rubens, que na minha opinião, apesar de questionado, tem muito potencial, e Cadu e Isaac, que fizeram uma boa Copinha esse ano.
Outra solução é dar sequência àqueles que ainda não tiveram, mas em algum momento de sua carreira demonstraram futebol. Uma das melhores surpresas do Atlético nessa temporada é a clara evolução de Pedrinho, que pra mim hoje deveria ser titular absoluto desse time. Além dele, nesse mesmo contexto temos o Pavon, que tem sido muito questionado pela torcida nos últimos jogos, e Allan Kardec, que ainda se recupera de lesão.
Obviamente, essa solução não é garantia de sucesso, mas em um clube onde o dinheiro está em falta, é sem dúvidas uma opção, até porque, acharmos soluções dentro do próprio elenco é algo que não é novidade para nós atleticanos nos últimos anos.
Uma última alternativa, porém, a menos provável, é observar os destaques em clubes pequenos nos demais estaduais do Brasil. Clubes como Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Fluminense se utilizaram dessa alternativa e investiram nesses jovens jogadores. Se temos carência de mão-de-obra com certas características no elenco, essa alternativa se faz mais que necessária, no entanto, honestamente, não acredito na competência de nossos olheiros para tanto.
Ademais, é isso! Não sabemos o que será de nós nesse ano e nem conseguimos quantificar o nível real desse atual elenco, justamente no ano da inauguração da tão sonhada Arena MRV.
Com o rendimento em campo atual, para mim, não há dúvidas que ainda precisamos de reforços, mas diante das últimas entrevistas dos principais cartolas do clube, não se iluda, se porventura vier alguém, só virá na próxima janela de transferência e sem grandes valores envolvidos. A minha esperança então é que nomes como Allan e Pedrinho permaneçam e que Arana, o melhor jogador de sua posição no Brasil, volte voando, pois dificilmente seremos realmente competitivos sem a chegada de mais bons jogadores.
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