Missão cumprida! O Galo está nas oitavas-de-final da Copa do Brasil e cada atleticano amanheceu hoje com unhas ruídas, mãos doloridas, pois certamente socou bastante mesas e paredes durante o jogo de ontem, e com certeza um certo descontentamento com Eduardo Vargas, o atacante que mais erra gols no futebol brasileiro.
Antes do jogo rolavam reportagens sobre a situação horrorosa do gramado, já parecendo a busca por uma justificativa caso a eliminação viesse. Ok o gramado estava um pasto mesmo, mas não é uma justificativa que sirva já que nem todos os gramados são perfeitos e com a maratona de jogos no Brasil a tendência é que, à medida que a temporada avance os gramados vão ficando mais ruins. Lembro que a imprensa mineira vivia reclamando da grama sintética na Arena do Furacão e depois que o Galo emplacou uma sequência de vitórias lá ninguém falou mais nada, o que me faz entender que muitas vezes se buscam desculpas para partidas ou resultados ruins antes mesmo de acontecerem.
Sou adepto da ideia de que um time com mais investimentos tem que prevalecer sobre os de menores investimentos 95% das vezes que se enfrentarem. Mesmo que o time grande tome um sustinho, tem que colocar as equipes menores em seus devidos lugares. O Fluminense tomou 2 no primeiro jogo de ida da semifinal do Carioca desse ano e na volta amassou o Volta Redonda, pela Copa do Brasil o Flamengo tomou 2 no lombo para o Maringá e na volta trucidou, e até o América, que sempre sofreu com equipes medianas para baixo colocou o Nova Iguaçu no seu devido lugar, enquanto o Galo suou sangue para passar de fase.
Sabíamos que ontem seria sofrido porque é o Galo, que tem no seu DNA a arte de dificultar as coisas. O time jogou como vem jogando mesmo, sem um padrão muito definido, criando boas chances, porém, não aproveitando, um certo excesso de lançamentos longos, que tem proporcionado até algumas boas oportunidades e para variar um pouquinho a boa e velha falha nas bolas aéreas defensivas, que quase sempre nos fazem tomar gols. No desenrolar do jogo a coisa foi ficando apertada e após o primeiro gol do adversário meu único receio era tomar o segundo pois se isso acontecesse…
A diretoria precisa entender o que se passa com Vargas, saber se o cara quer jogar, entra em campo sem demonstrar a mínima vontade, joga sem expressão nenhuma, erra um caminhão de gols. Se posiciona muito bem e quando a bola chega…. Poderíamos aqui estar falando de uma classificação tranquila, mas graças a esse atacante ficamos no sufoco até o fim, tudo bem que tem outros atletas que continuam nos devendo uma justificativa, mas quem poderia ter decidido o jogo ontem era quem? Eduardo Vargas.
No fim, fomos salvos com um gol do Zaracho, naquela altura da partida um alívio gigantesco pois o excesso de gols errados durante a partida, somada a algumas boas defesas do goleiro adversário com o nervosismo que era demonstrado por alguns dos nossos jogadores, poderia resultar em uma baixa confiança na hora das cobranças de penalidades, culminando com o fim da linha para nós. Agora que já passou é continuar tendo esperança e buscando tranquilidade para fazer esses gols quando as oportunidades surgirem, temos pedreiras pela frente e cada jogo da Libertadores será decisivo, mesmo que não estejamos satisfeitos com o trabalho do Coudet, que até agora não sabe nem quem são os titulares, temos que continuar torcendo e se não der para ser com tranquilidade (embora se tratando de Galo quase nunca é tranquilo) que vá na raça, que vá na fé, mas que vá adiante. Sempre torço para que o atleta que está vestindo o Manto esteja em sua melhor versão, passando por sua melhor fase e jogando com sua mais alta confiança, embora com Vargas eu já esteja perdendo essa ilusão. E dá-lhe Galo!
Deivdes Almeida
Atleticano e professor. Se houver uma camisa preto e branca pendurada no varal… vocês já sabem!
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