Duas décadas de trocas acumulam incertezas, mas surgem candidatos
Lembra das arrancadas de Cafu pela direita e dos icônicos chutes de Roberto Carlos pela esquerda? Esses dois nomes marcaram o futebol mundial e ajudaram a moldar a identidade da Seleção Brasileira por mais de uma década.
Desde sua despedida, no entanto, a equipe nacional enfrenta um desafio contínuo para encontrar laterais que possam recriar tamanha excelência. Nas últimas duas décadas, a lateral da seleção brasileira passou por inúmeras mudanças. Técnicos têm tentado, analisado, e reavaliado diferentes combinações de jogadores, mas a estabilidade ainda é um objetivo distante.
O legado incomparável de Cafu e Roberto Carlos
Entre 1994 e 2006, Cafu e Roberto Carlos elevaram as laterais a um patamar de protagonismo raramente visto no futebol mundial.
Cafu: O pilar incontestável da lateral direita
Cafu, com as suas 142 partidas pela Seleção Brasileira, detém o recorde de maior número de jogos pela equipe. Sua regularidade, lideranças em campo e habilidade técnica fizeram dele uma figura imortal no futebol. Cafu levantou as taças de duas Copas do Mundo (1994 e 2002) e foi vice em 1998, consolidando sua posição como um dos melhores laterais da história.
Roberto Carlos: A potência ofensiva
Roberto Carlos reinventou o papel de lateral esquerdo. Seus chutes de falta, capazes de atingir altas velocidades, somaram 38 gols ao longo de sua carreira. Ele também esteve presente nos maiores palcos, tornando-se um dos rostos mais reconhecidos do futebol brasileiro e mundial.
No auge de suas carreiras, os dois jogaram por gigantes europeus como Milan (Cafu) e Real Madrid (Roberto Carlos), deixando marcas profundas em nível de clubes e seleção.
A crise de consistência nas laterais após 2006
Desde que Cafu e Roberto Carlos se despediram da seleção, o Brasil testou 30 combinações diferentes de laterais em competições oficiais e amistosos. Durante o ciclo de Tite, vimos nomes como Danilo, Alex Telles e Renan Lodi terem passagens pontuais. Com Dorival Júnior, a última tentativa incluiu Vanderson e Abner na vitória contra o Peru, ressaltando a falta de continuidade.
Por que tanta instabilidade?
- Lesões frequentes prejudicaram a sequência de jogadores importantes como Guilherme Arana.
- Técnicos com estratégias diferentes resultaram em constantes mudanças de escalações e abordagens táticas.
- Falta de formação ou transição eficiente de jovens talentos para o cenário internacional.
Radiografia da lateral direita da Seleção Brasileira
A lateral direita é considerada uma posição em transição constante. Desde o auge de Cafu, ídolo e recordista em jogos pela seleção, nenhuma outra peça conseguiu se firmar no setor. Em 2006, Maicon, destaque frequentemente pelo portal tips gg nas análises de futebol, foi eleito o melhor lateral direito do mundo pela FIFA, mas não teve uma sequência duradoura na equipe nacional.
De Maicon a Daniel Alves
Após o auge de Maicon e Daniel Alves, poucos jogadores conseguiram se firmar. A experiência de Daniel Alves perdurou até 2022, mas carecia de sucessores prontos para assumir.
A era recente
Atualmente, jogadores como Danilo, Yan Couto e Vanderson estão em alta. Yan Couto, atuando pelo Borussia Dortmund, e Vanderson, destaque no Monaco, têm minutos importantes em clubes da Europa. No entanto, ainda lidamos com o desafio de adaptar esses talentos a um esquema posicional mais complexo, como o exigido por Carlo Ancelotti.
Os atuais candidatos às laterais da seleção
Lateral direita
Após o fim da “era Daniel Alves”, surgiram novos nomes que começam a ganhar destaque:
- Vanderson (Monaco): Combina visão de jogo e solidez defensiva, despontando como forte candidato.
- Yan Couto (Borussia Dortmund): Com grande habilidade ofensiva, é uma aposta para jogos mais dinâmicos.
- Wesley (Flamengo): Recentemente elogiado por sua performance, está mostrando grande potencial.
Apesar dos talentos evidentes, esses jogadores ainda precisam provar consistência em alto nível de competição.
Lateral esquerda
Na lateral esquerda, após Marcelo, alguns nomes vêm se destacando:
- Caio Henrique (Monaco): Combina força e agilidade, sendo uma opção bastante equilibrada entre defesa e ataque.
- Renan Lodi (Al Hilal) e Guilherme Arana (Atlético-MG) também aparecem como escolhas confiáveis, apesar de Arana ter sofrido com lesões importantes.
O experimento das 30 duplas de laterais
Desde 2018, o Brasil testou diversas combinações para as laterais, mas poucas ofereceram estabilidade. A parceria mais utilizada foi Danilo e Alex Sandro, que jogaram juntos em 14 ocasiões, mas a falta de continuidade e adaptabilidade da equipe desafiou o sucesso de longo prazo.
Outras combinações, como Emerson Royal e Renan Lodi, mostraram potencial momentâneo, mas não conseguiram se firmar por conta de táticas diferentes ou contextos ocasionais.
Critérios de convocação e filosofias técnicas
A filosofia de convocação dos técnicos variou ao longo dos anos. Sob Dunga, a meritocracia de performances em clubes foi prioritária. Já Mano Menezes focou em jovens talentos, enquanto Tite buscava equilíbrio entre juventude e experiência.
Com Carlo Ancelotti, à frente de seleções europeias, espera-se que a transição tática seja fundamental, valorizando conhecimento do futebol continental para 2025 e além.
Maiores laterais da história da Seleção
Os debates entre gerações sempre serão polêmicos, mas nomes como Nilton Santos, Carlos Alberto Torres e Júnior permanecem como referências absolutas. Comparar grandezas envolve critérios como conquistas, longevidade e impacto tático.
Outros laterais brasileiros que deixaram sua marca na seleção foram Cafu, Roberto Carlos e Dani Alves, cada um com suas características marcantes.
Renovação e novos talentos
Embora a base dos últimos anos ainda permaneça forte, há uma busca contínua por jovens talentos para manter o nível de excelência da seleção. Nomes como Vinícius Júnior, Rodrygo e Pedro Guilherme surgem como promessas para as próximas décadas. Eles se juntam a outros jovens já consolidados no cen
A Copa de 2026 e o futuro das laterais
Com Carlo Ancelotti assumindo o comando da Seleção em 2025, a probabilidades futebol é de uma abordagem estratégica e disciplinada para preparar a equipe para a Copa de 2026. Sob sua gestão, é provável que vejamos:
- Uma estrutura mais estável nas laterais.
- Investimento em jovens talentos, como Kaiki Bruno e Patryck Lanza, que vêm se destacando nas categorias de base.
Além disso, Ancelotti pode explorar parcerias duradouras, priorizando a experiência europeia para enfrentar as adversidades.
Criando a nova identidade brasileira nas laterais
Enquanto substituir lendas como Cafu e Roberto Carlos é um desafio colossal, as últimas apostas deixam evidente que há motivos para otimismo. A estabilidade nas laterais será decisiva não apenas para devolver solidez à defesa, mas também para manter a identidade ofensiva que sempre caracterizou o Brasil.
A pergunta que fica é: quem será o próximo grande lateral da Seleção Brasileira? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe desta discussão apaixonante sobre o futebol brasileiro!
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