O Grêmio pediu anulação do jogo contra o Galo, a diretoria gremista usa como motivo o pênalti marcado pelo VAR, o atacante Savarino estava próximo a barreira e segundo a regra o lanve da falta seria irregular.
“O erro de direito acontece quando há uma aplicação errada da norma, por desconhecimento. É diferente de uma mera interpretação errada do fato; a isso chamamos de erro de fato. Para que uma partida seja anulada é preciso que ocorra um erro de direito. Além disso, esse erro deve ser grave o suficiente para ensejar uma intervenção tão grave no campeonato. Não me parece ser o caso; pode-se argumentar que houve um erro de fato, ou seja, que o juiz interpretou de forma errada uma situação. Mesmo assim, o erro de fato não enseja a anulação da partida”, explica Fernanda Soares, advogada especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo.
O advogado Vinicius Loureiro segue o mesmo entendimento e não crê em impugnação da partida por conta do motivo alegado.
“Não acho que exista possibilidade de anulação da partida. É difícil considerar esse um erro de direito, por mais que seja possível entender a lógica da equipe gremista. Já tivemos casos muito mais claros de erros de direito que não resultaram em anulação da partida. É uma posição frequente do tribunal e não imagino que mudará nesse momento”, avalia o especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo.
Para Bozan, a equipe de arbitragem falhou ao não anular o lance do pênalti, por Savarino não estar mais de um metro de distância da barreira na falta cobra por Nacho Fernández, que originou o toque da bola no braço de Campaz, dentro da área. Segundo a regra, o jogador adversário do time que cometeu a falta precisa ficar mais de um metro de distância da barreira.
“Não foi falta no Jair, o jogador do Grêmio não cometeu falta no jogador do Atlético, ele tropeçou no pé do jogador Grêmio. Segundo momento, tem uma regra específica que fala que a barreira é intocável e o adversário tem que ficar a um metro dela. E temos aí duas irregularidades, porque ele tocou no jogador da barreira do Grêmio e, de certa forma, o desequilibrou. Essas situações têm que ser vistas também pelo VAR, não é só simplesmente uma irregularidade que acaba sendo fundamental no pênalti, como uma situação anterior. Então sabe o que eu acho de tudo isso? Além do juiz de campo que está exposto, o VAR tem que estar exposto também.O VAR tem que colocar toda sua razão de decidir, sua forma de decidir, seu encaminhamento de uma decisão, por que decidiu de uma maneira, até para nós sabermos se eles viram ou se não viram”, afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Grenal.
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