A torcida do Galo está em festa em BH e em todo Brasil, depois de 50 anos a torcida do maior de minas solta o grito de é campeão pelas ruas, e a história foi escrita ontem na Fonte Nova.
O grande jornalista Chico Pinheiro apresentou o jornal com a camisa do Galo por baixo.
Chico já havia se manifestado nas redes sociais na noite dessa quinta-feira, após a vitória alvinegra por 3 a 2 sobre o Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador, que consolidou matematicamente a conquista
Ele publicou uma foto ao lado de um galo no Twitter e no Instagram e disse: “O Galão da Massa é campeão, tá no coração (sic).”
O repórter Vinícius Leal foi outro a demonstrar seu amor pelo Atlético na emissora. Ele apareceu com uma bandeira do clube ao vivo para falar sobre o título do seu time de coração.
O jornalista também já havia demonstrado sua paixão pelo Galo em outra ocasião . No dia 17 de novembro, Leal fez uma aparição com a caneca da equipe ao fundo e agitou as redes sociais.
Confira o texto escrito por Chico Pinheiro em homenagem ao bicampeonato do Atlético:
Era madrugada ainda. Cercado pelas montanhas alterosas de minha terra, ouvi um galo cantar ao longe. Outro galo respondeu, não tão longe assim. Outro mais, mais perto. E outro, ali no meu quintal, onde plantei meu coração alvinegro. Alvorada chegando e eu solto meu canto de galo, há tanto tempo preso na garganta. O brado é forte. Eu cantei assim assim, faz muito tempo. Era apenas um garoto chegado aos 18 anos. O estádio estava cheio. Uma bola cruzada na área e o Dario, o Dadá Maravilha, maravilhado, pintou rompendo o vento, surgindo como um raio, como um canto de galo rasgando a escuridão. E milhões de galos soltaram os gritos presos nas gargantas. Um grito de Galo: Gol!
Foi ontem e já se passaram cinquenta anos. O grito que agora traz a manhã é o mesmo. Milhões de atleticanos, mundo afora cantam seus galos trazendo a manhã.
Me perguntaram o que é ser atleticano. Acho que é isto: é resistir, esperar esperançado um galo cantar de novo ao longe, nas montanhas alterosas de nossa terra. Despertar, com o canto, os descrentes. Trazer de novo aquela manhã. Luz e calor!
Na arquibancada, um redemoinho, vento bravo. Se for um vento forte ameaçando arrancar do varal aquela camisa preta e branca, que o Roberto Drummond viu resistir naquela tarde de abril, não tenham dúvida: o atleticano torcerá contra o vento outra vez. Sempre. E vai soltar seu grito de galão da massa, trazendo a melhor manhã de graça para todos: a notícia? ? O Galo ganhou, o Galo ganhou…
E olha que nem somos simples torcedores de time de futebol. Somos atleticanos! Os ingênuos não percebem, mas há aqui uma sutil diferença…
O amor do Galo nos fez amigos. E a amizade nos torna invencíveis!
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