Opinião: Galo 2013 x Galo 2021

Atlético - Galo
Foto: Pedro Souza/Atlético

O Atlético teve nos últimos anos, em especial, dois times que elevaram o patamar e marcaram a história do clube para sempre.

Recheados de craques com muita qualidade, levaram o torcedor a comemorar títulos inéditos e arrancaram suspiros de todo e qualquer amante do futebol brasileiro, mesmo torcendo para times rivais no país.

E estamos falando do Galo de Ronaldinho Gaúcho, de 2013, e o Atlético de Hulk, de 2021. E apesar de oito anos de diferença de um elenco para outro, é inevitável que uma possível comparação não seja feita entre eles. Comandados pelo técnico Alexi Stival, o Cuca, o elenco de 2013, que contava especialmente, com a magia de Ronaldinho Gaúcho, Jô, Bernard, Diego Tardelli, entre outros, foi o grande responsável por dar ao clube alvinegro, a Glória Eterna.

A conquista de uma Libertadores épica, embalada pelo “Eu acredito”, recheada de emoção, de viradas impossíveis e de desafios ao destino e quem mais se atrevesse a tentar tirar o título do alvinegro. Um futebol marcante que dava gosto de assistir e torcer.

Foto: Bruno Cantini/Atlético

Em 2021, também comandado pelo técnico Cuca, (a única e grande semelhança entre os dois times), o Galo fez valer de todo o favoritismo que foi dado no início da temporada por jornalistas, torcedores e pessoas do meio esportivo. Com Hulk, Nacho Fernández, Savarino, Guilherme Arana, entre outros, o alvinegro arrancou novos suspiros e talvez até matou um pouco a saudade do time que fez história em 2013.

Dono de uma superioridade absoluta dentro dos seus domínios, conquistou, além do Campeonato Mineiro, uma Copa do Brasil e o requisitado Campeonato Brasileiro após 50 anos da última conquista alvinegra.

Foto: Pedro Souza/Atlético

O elenco de 2021, assim como o de 2013, também foi responsável por dar ao torcedor atleticano, o gosto de um título praticamente inédito, visto que a única conquista alvinegra do Brasileirão havia sido ainda em 1971. Hulk e companhia foram responsáveis por realizar um sonho antigo, por marcar um gol em que há muitas temporadas, a bola insistia em bater na trave. Se em 2013, a magia de Ronaldinho Gaúcho era dominante, em 2021, a qualidade de Hulk prevaleceu. Se em 2013, o time titular era um verdadeiro esculacho, em 2021 nós tínhamos um todo, um dos melhores elencos do país.

Apesar de ser difícil para um coração atleticano ter que escolher entre um ou outro elenco, ‘rankear’ momentos especiais e escolher entre um ou outro ídolo, o ano de 2021 parece ter sido o éden para o torcedor alvinegro.

A inesquecível tríplice coroa de 2021 talvez sobressaia um pouco a conquista de 2013 em uma possível comparação em alguma mesa de bar ou discussão na arquibancada, mas o fato é que: não é necessário escolher. São dois momentos únicos de uma história fascinante que devem ser apreciados sempre.

E assim, parafraseando o ex-presidente alvinegro, Alexandre Kalil: “São outras épocas e o Atlético é um todo. O Atlético não tem quem é melhor, é o Atlético”.

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