E ontem jogou-se sobre o atleticano a última pá de cal na cabeça de quem acreditava que teríamos um ano festivo.
Não que tivéssemos a confiança de que faríamos a partida perfeita e calaríamos centenas de bocas de chatos comentaristas e confiantes torcedores palestrinos. Esperávamos por um milagre, isso sim, só que no futebol o milagre é mais em baixo.
Além de ser desagradável ser eliminado de qualquer competição, em anos anteriores sobrava o Campeonato Brasileiro para que ainda permanecêssemos com expectativa de título, mas esse ano nada saiu como planejado, aliás, nada saiu como sonhado. Estamos em uma posição de relativa opinião; o copo está pela metade pois tem quem acredite que ele está meio cheio e tem quem acredite que ele está meio vazio já que estamos a 6 pontos da Pré-Libertadores, mas também estamos a 6 pontos da zona de rebaixamento.
A questão agora é somar pontos para ver se conseguimos uma classificação ou para a Pré ou diretamente para a fase de grupos da Libertadores 2024 e caso não seja possível isso, uma consolação ou o abacaxi de disputar a Sulamericana.
Não podemos dizer que fizemos uma partida para vencer, já que não houve incômodo quase nenhum para o goleiro palmeirense. Ao contrário dele Everson teve uma atuação segura, nos salvando inclusive de uma derrota. Abel certamente é o treinador mais chato do futebol brasileiro, pelo amor de Deus! Cada vez que se marcava uma falta seja a favor ou contra o time dele a câmara o mirava com aquele ar de reclamação com direito a bufadas e gesticulações exacerbadas, mas ele sabe preparar o time para jogar pelo resultado.
Assim como nas outras eliminações preparou uma defesa sólida e uma saída rápida em contra-ataques; quando precisava girar a bola o Palmeiras o fazia, sem a mínima preocupação ou afobamento. O time, já cascudo e experiente em jogos decisivos, levou o jogo com tranquilidade e infelizmente não conseguimos tira-los da zona de conforto. Agora é aguardar as piadinhas chatas que virão sobre ter sido eliminado três vezes em seguida pelo mesmo time.Não faltou transpiração, só que um pouco de ousadia por vezes cairia muito bem. Seja alguém para arriscar uma jogada individual ou tentar um passe mais arriscado, passe que inclusive cometemos erros em alguns lances que poderiam ser melhores aproveitados.
Fizemos um jogo esforçado, porém, sem incomodar tanto a defesa adversária; não fomos tão mal e apesar de alguns jogadores apagados em campo, mas podemos dizer que o time teve uma atuação mediana para baixo e como o futebol nem sempre tem uma lógica, tudo poderia ter mudado aos 30 do segundo tempo quando o Paulinho passou pelo goleiro e chutou aquela bola para fora!
Veio na minha cabeça todos os gols feitos errados por ele durante a temporada. Eu sempre tinha a sensação que em algum jogo importante isso sairia caro, acredito então que de repente tenha sido dessa vez. Óbvio que em se tratando de futebol um gol não garante nada, mas…fazer 1 x 0 faltando 15 minutos poderia colocar uma pressão e um desconforto que o Palmeiras não tinha sentido em nenhum momento das duas partidas. Não tem outro jeito a não ser levantar a cabeça e olhar para frente. Paulinho ainda é jovem, tem contrato longo e talento para nos dar alegrias em outros momentos.
Enfim, vida que segue. Agora é focar no que nos resta. Se podemos tirar algo que se possa aproveitar dessa temporada, é o tempo que teremos para planejar o próximo ano. Aquela boa e velha observação do elenco atual, analisando quem pode permanecer e quem devemos dar linha, levantamento de alguns atletas que estão fazendo um bom campeonato por outros times e poderiam vir para cá, sem dizer que a comissão técnica também poderia dar a oportunidade para que alguns jovens entrassem em campo, o que de repente pouparia de trazer alguns atletas com altos salários e atuações meia-boca.
Experiência ajuda bastante, mas quando se tem experiência e a técnica ficou no passado aí não dá; lampejos técnicos até jogador mediano tem, e para um time que tem pretensões de títulos o elenco precisa ser mais intimidador.
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