Felipe Junior
Hoje, dia 30/05, é um dia mais que memorável para todos nós atleticanos. Há exatamente 10 anos, Victor Leandro Bagy passou a ser conhecido por nós, que amamos o Galo, como São Victor, e com um milagre nos últimos minutos da partida contra o Tijuana do México, nos levou às semi-finais da Copa Libertadores da América.
O tempo passou – bem rápido, por sinal -, mas ainda consigo me lembrar de alguns detalhes daquele jogo.
Me recordo que a massa lotou o independência e foi vestida a caráter, indo em peso com a máscara do pânico, simbolizando uma premissa que jamais falhava naquela época: “caiu no horto, tá morto!”
Entretanto, a partida foi muito mais difícil do que imaginávamos. O adversário começou pressionando e logo no início, Riascos, o outro grande personagem do jogo, com uma bela finalização abriu o placar.
Lembro que ainda no primeiro tempo o Galo conseguiu empatar com Rever, meio que sem querer, após bola parada cobrada por Ronaldinho.
O resultado estava nas nossas mãos, tínhamos uma equipe muito melhor, a torcida estava empolgada, então, a classificação parecia mais que clara, correto? Errado! O Tijuana continuou pressionando e pressionando muito!
Puxando na memória os lances da partida, ainda consigo me lembrar de uma falta para eles que triscou o travessão e de uma grande defesa do então goleiro Victor – com os mesmos pés que o canonizou minutos depois – em um mano a mano com o atacante do time mexicano.
Nos acréscimos, veio o ápice disso tudo! O lance que consagrou e tornou Victor como, na minha opinião, o maior goleiro da história do Clube Atlético Mineiro. O lance que, sem dúvida alguma, o mais lembrado, quando se fala de Libertadores 2013.
No meu quarto em casa, ainda como um aluno do Ensino Médio, as minhas pernas tremiam e um sentimento gigantesco de frustração invadia meu peito. Um sonho que foi construído a cada partida parecia se findar ali… Simplesmente tudo parecia desmoronar… Mas só parecia! Até hoje nenhum gol me fez explodir tanto quanto aquela defesa, nem mesmo o de Leonardo Silva contra o Olímpia, que coroou tudo isso. Se pudéssemos medir, eu diria que eu nunca fui tão atleticano quanto nesse momento, ali foi o grande auge da minha vida sobre o que é sentir isso na pele e no peito.
Acredito que as sensações e as emoções, apesar dos 10 anos da defesa, ainda passam na mente e no coração de todo atleticano que vivenciou isso. Deus sabe o quanto sou grato a Ele por ter tido a oportunidade de sentir e viver isso.
Porém, essa experiência ainda não é suficiente para mim, como torcedor que ama o Galo. Eu ainda quero muito mais!
E muito melhor que relembrar o passado, é reviver isso no presente! E amanhã temos a oportunidade de darmos um passo a mais para vivermos outros dias de glória.
O Galo enfrenta o Corinthians na Neo Química Arena, valendo classificação para as Oitavas de Final da Copa do Brasil. Temos uma boa vantagem, porém, o confronto está muito longe de ser decidido.
E o desejo do meu coração é que a classificação venha, mas se possível, que não seja tão sofrido quanto em 2013, pois apesar de querer viver tudo aquilo de novo, não precisa ser sofrido sempre, não é mesmo?
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