Deivdes Walison
Depois de alguns dias eis que o Galo volta a campo. Quando ocorre essas paradas no calendário sempre ficamos na expectativa de como o time vai voltar. Se vai ter alguma novidade tática ou coisa parecida, afinal, uma das grandes reclamações dos treinadores é que não têm tempo para treinar.
Pois bem. Retornamos e nada de novo foi notado. Nenhuma novidade na escalação (A volta do Arana já era previsível) e nenhuma jogada ou tática diferente. Ok, o Coudet saiu do Galo e agora esperamos que o Galo saia do estilo Coudet. Acredito que a escolha do Felipão foi surpreendente e me deixou bem mais seguro do que se viesse o português Bruno Lage. Já conhece o futebol brasileiro, tem o respeito dos jogadores e é vitorioso. Não podemos considerar que estreou no jogo contra o Fluminense apesar de ter ficado no banco e dado alguns pitacos, o time que jogou basicamente era o que havia de mais coerente seguindo o padrão das últimas partidas, inclusive nas falhas defensivas e os já tradicionais equívocos no ataque, seja na finalização do Paulinho ou no não passar a bola do Hulk e Pavon em jogadas que claramente outro companheiro está melhor colocado.
Continuo apostando que chegaremos para lutar pelos títulos nas disputas que estamos. Temos que confirmar a classificação na Libertadores, o que certamente vai aumentar a confiança para o Brasileirão, competição que precisamos ter atenção e parar de deixar pontos perdidos em casa, empatar com o Fluminense fora de casa é aceitável, mas ter empatado com Bragantino e perdido para Vasco em nossos domínios…
Por mais que o futebol evolua algumas coisas são bem simples, como a posição em que cada atleta joga e o famoso quem está melhor é escalado. Felipão não tem muito a característica de inventar. Volante é volante, meia é meia, atacante é atacante e assim por diante. Isso já é uma vantagem, que jogador se motiva sabendo que ao invés de ser escalado está sendo improvisado um de outra posição em seu lugar? Qual a motivação de um atleta sabendo que está nitidamente melhor que o outro, mas o treinador insiste em deixa-lo no banco? Bem verdade que no segundo caso acontece de o treinador ter algumas posições de confiança, entendemos perfeitamente, porém tem situações que é perceptível que alguma mudança tem que acontecer.
Se havia alguma pirraça com o antigo treinador são águas passadas. Uma nova era começa e analisando nossos últimos jogos a sensação é a certeza que não falta muito para o time engrenar. Como disse acima, ontem nada de novo foi notado. Essa semana começa o trabalho de fato da nova comissão técnica e espero que a confiança seja crescente. Que observem alguns detalhes que estão passando batido e como consequência impedindo resultados melhores. Dá lá uma chegadinha no Paulinho para saber se está treinando finalização. Dá um toquinho no Hulk e quem sabe ele pare de tentar cavar faltas e reclamar com a arbitragem!? E quando tiver pênalti, ao invés dos três pulinhos, paradinha e batida meia altura ele não dá uma pancada e boa. Avisa o Evérson para ficar sempre ligado que do nada pode vir um chute de fora da área. Diga aos zagueiros que as vezes é melhor dar um chutão para frente do que arriscar oferecer uma oportunidade ao adversário. Alerte o Vargas que quando entra em campo é uma partida oficial que vale três pontos ou até mesmo uma classificação, então é bom estar nem que seja um pouquinho mais ligado. Enfim, detalhes sempre definiram temporadas, por isso toda atenção se faz necessária.
Vamos continuar com o pensamento positivo e na torcida para que as polêmicas se encerrem, que a mudança de comissão possa trazer as mudanças necessárias dentro de campo e que fora dele algumas coisas se ajustem e que possamos ter o que comemorar ao final da temporada. E dá-lhe Galo!
Deivdes Almeida
Atleticano e professor. Se houver uma camisa preto e branca pendurada no varal… vocês já sabem!
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