Ontem (13), o Atlético teve o seu primeiro teste real, diante o seu maior rival, no estádio Independência. Desesperado, era previsto que o adversário dificultasse as coisas durante a partida, não oferecendo para o Galo um jogo tranquilo e fácil, embora fôssemos considerados favoritos.
Apesar de não esperarmos moleza, afinal, a máxima que “clássico é clássico” sempre persistirá, não podemos tapar o sol com a peneira: é fato que não jogamos bem. Aliás, não chegamos sequer perto de sairmos com a vitória.
No primeiro tempo o time se mostrou burocrático, lento, sem criatividade e praticamente não criou oportunidades para fazer o gol. No segundo, tivemos uma leve melhora no início, mas sentimos muito com o gol sofrido, vindo de uma sucessão de erros individuais. O empate só foi possível graças ao talento e à capacidade fora da curva de Hulk.
Tirando isso, é fato não nos aproximamos em momento algum da vitória. A sensação de muitos torcedores com esse empate foi de alívio. O time mais uma vez não convenceu, mostrando uma série de problemas a serem corrigidos a uma semana da estreia na Libertadores.
O primeiro deles está na zaga. É impressionante o “Deus nos acuda” que é em todas as bolas aéreas. Com a bola nos pés, Jemerson se mostrou extremamente inseguro, cometendo erros que não são comuns em seu futebol. Na lateral esquerda, Dodô foi triste. Há muito tempo não via uma atuação tão ruim de um jogador do Galo em um clássico. Errou tudo defensivamente e ofensivamente deu calo nos olhos. Talvez seja a hora de Rubens ser mais aproveitado ali.
E quanto ao Edenilson? Olha, sinceramente ainda não sei o que este senhor veio fazer no clube até agora. No meio campo não marca, não consegue criar e é pouco efetivo com a bola nos pés. Na ala não compromete, mas também não agrega. Até o momento, sua passagem se assemelha com a de Elias no Galo, porém, como torcedor, tenho a esperança que isso não se confirme e ele volte a desempenhar o ótimo futebol dos tempos de Inter.
Quanto aos destaques positivos, creio que ficamos somente com Hulk, por mais um golaço de falta na temporada; Pedrinho, que apesar de ter errado feio no gol, criou algumas jogadas e tem se mostrado importante esse ano; e Patrick, que para mim foi o melhor em campo. Praticamente todas as jogadas de perigo passaram por ele. Mostrou inteligência, capacidade de infiltração, boa assimilação do esquema de Coudet e uma força invejável, embora tenha faltado perna no final do jogo.
Enfim, o clássico passou. O desempenho foi abaixo do esperado. Como torcedores, temos que exercitar a paciência, pois é apenas início de trabalho, que tem tudo para ser promissor, porém, precisamos urgentemente ligar o sinal de alerta.
Semana que vem temos a primeira final de muitas: a estreia da Libertadores. Precisamos rapidamente evoluir e encaixar essa equipe, pois a hora de errar está acabando e um vacilo pode comprometer todos os principais objetivos dessa temporada precocemente.
Vamos, Galo!
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