Opinião: Reinaldo ou Ronaldinho?

Sempre que estou em uma roda de conversa, ou vendo aos jogos do nosso Galo, ou até mesmo depois dos jogos, vira e mexe alguém me faz essa pergunta. O Rei ou Ronaldinho?

                Pois digo o seguinte: quem não viu o Rei jogar, não viu a sua magia em campo. Magia essa, que encantava, desde quando ele era criança e todos, já notavam algo de diferente, algo além do futebol, algo especial. Quando pegava a bola, a tratava como uma parte do seu corpo, a bola já entendia o que o Rei queria e parecia que, já cooperava com o que ele pensava. Os adversários, principalmente aqueles que não tinham estado com o Rei em alguma partida, olhavam admirados o que este fazia em campo. Cara a cara com o goleiro, era gol, sem pestanejar, sem vacilos. Dentro da área, já era meio gol, a torcida já se levantava, esperando o grito da massa. A primeira vez que o vi jogar, foi dentro do Mineirão e eu, um menino de 7 anos na época, já virei súdito na hora. A torcida, já gritava, Rei, Rei, Rei, Reinaldo o nosso Rei. Uma época que era perseguido pela ditadura, o Galo já era garfado pelos juízes em grandes decisões e eu vendo aquilo, já sentia, tenho que torcer para esse time. Zico e Romário, até hoje, falam que Reinaldo era gênio. Contra tudo e contra todos. Daí, me dei conta, que tinha nascido Atleticano.

Ronaldinho

                Ronaldinho desembarcou no Galo, aliás, veio do céu, porque digo isso? Chegou no Galo de repente. Alguns de nós, desconfiados, alguns eufóricos, outros, não acreditavam que estava ali, o cara, o gênio, o bruxo. Era um milagre? Não, era verdade. O cara veio e fez o que fez. Estávamos inseguros no começo, temerosos pelos acontecimentos anteriores em outros times, mas, o Ronaldinho Gaúcho era nosso. Veio, abraçou a massa, esta por sua vez, o acolheu também e nos levou já em 2012, a outro patamar. O mundo olhava para Minas Gerais, para o Galo, para o Clube Atlético Mineiro.

                Até que em 2013, o Galo, inspirado, incentivado e comandado por Ronaldinho, nos levou ao título inédito da Libertadores, lavando a alma, nos colocando novamente onde nunca deveríamos ter saído, no topo. Tinha chegado a era Ronaldinho, do orgulho de ver um time aguerrido, com talento, um time em evidência e de novo, éramos nós contra eles, contra tudo e contra as adversidades. Decidimos na bola e tivemos nosso ídolo Ronaldinho como um inesquecível. 

Notam as semelhanças. Notam a genialidade em comum, desses dois indivíduos que vestiram o manto com tanto amor, com tanta identificação com a torcida.

Agora respondendo à pergunta: Reinaldo ou Ronaldinho?

Desculpem amigos, fico com os dois. 

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