Depressão e arrependimento: Vargas fala sobre expulsão diante do Palmeiras e momento no Atlético

Atlético Galo
Foto: Reprodução/Globo

Um dos principais jogadores no ano histórico vivido pelo Atlético em 2021, como as conquistas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, o atacante Eduardo Vargas passa por um momento difícil no Galo. Após o cartão vermelho e a consequente expulsão no duelo diante do Palmeiras, pelas quartas de final da Libertadores, o atacante tem sido alvo principal das cobranças da Massa atleticana.

Em entrevista exclusiva à Globo, o chileno falou abertamente como se sente em relação ao episódio, a multa recebida pelo Atlético e o afastamento dos jogos pelo técnico Cuca. Desde o episódio contra o Palmeiras, na Libertadores, Vargas não tem sido relacionado por Cuca. Já foram duas partidas (Coritiba e Goiás) sem figurar na lista de comandados do Atlético.

“Me senti muito culpado. Por isso que eu procurei ajuda nesse momento muito difícil. Eu cai na depressão, sabe? Ele tá me ajudando muito. Estou saindo daqui com mais vontade de tentar ganhar confiança do treinador, companheiros e principalmente da Massa”.

Eduardo Vargas
Atlético
Foto: Pedro Souza/Atlético

Aos 32 anos atualmente, Vargas renovou seu contrato com o Atlético até dezembro de 2024 após terminar a temporada passada em alta. Hoje, ele vive sob críticas e cobranças da massa alvinegra. E além da baixa no futebol, o atacante vive um drama na vida pessoal. Ele diz ter entrado em depressão e digere isso no dia a dia longe dos filhos.

“Depois da expulsão, eu cai tipo na depressão. Me sentia com vontade de nada. Não queria sair na rua, não queria ir no supermercado. Inclusive meus filhos vieram no fim de semana. A gente ficou aqui com meus amigos, filhos deles. Saímos aqui no parquinho (do condomínio), sendo que eu podia ter levado no shopping, sabe? Qualquer lugar pra eles desfrutarem. Mas não tinha vontade. Porque eu sabia que talvez o atleticano, o torcedor, ia me olhar com uma forma diferente”.

Eduardo Vargas

Ajuda psicológica no Atlético

A única saída encontrada pelo atacante foi buscar ajuda psicológica para enfrentar esse difícil momento. E mudando a sua rotina na Cidade do Galo, Vargas conta diariamente com o trabalho de Lincoln Nunes, preparador mental especialista em performance esportiva do Atlético.

“Uma das minhas funções é demonstrar para ele que ele não foi a peça totalmente fundamental da eliminação. Claro que ele faria diferente se voltasse na situação. Ele quer mudar, é um desejo grande. Recuperar a confiança dos torcedores, do clube. O passado não se muda, mas o futuro pode ser escrito de forma diferente. É importante também não distorcer a realidade na mente dele. Digo isso porque o Palmeiras teve dois jogadores expulsos, importantes, e o Palmeiras foi mais eficiente nos pênaltis”.

Lincoln Nunes

“Sabemos da capacidade do Vargas em cobrar pênaltis, mas ele não pode se sentir o único culpado da eliminação do Galo”.

Lincoln Nunes
Atlético
Foto: Arquivo pessoal
Galo
Foto: Divulgação/Atlético