A Arena MRV, futuro estádio do Atlético, está prestes a ser inaugurada oficialmente pelo clube mineiro. No entanto, há algo que incomodou a torcida alvinegra, um possível ponto cego no estádio alvinegro. Porém, em entrevista nsta quinta-feira (27), ao Fala Galo, o arquiteto do estádio alvinegro, Bernardo Farkasvolgyi, negou e explicou o projeto.
“Para as pessoas terem visibilidade, eu tenho que inclinar as arquibancadas, seja a inferior, camarote ou superior. E isso realmente é a forma de fazer. Se eu aumentasse meio grau na inclinação da arquibancada Inter, viraria o Independência, eu teria que botar grade na frente das arquibancadas. Imagina, vou fazer 25 mil, 30 mil pessoas na arquibancada superior com uma grade na frente. Impossível, esquece”, iniciou Bernardo.
“Então trabalhamos com o Atlético para chegar no limite da inclinação que a lei nos permite para chegar no máximo da capacidade que conseguimos, que foram as 46 mil pessoas. Dentro dessa limitação, acabamos ficando com a inclinação da arquibancada mais puxada, e o outro fator do limite do terreno trouxe outra coisa boa, que é o caldeirão”, prosseguiu.
Ponto cego?
Em relação ao “ponto cego”, Bernardo garantiu que não há isso no estádio do Atlético, que há sim visibilidade no setor, contanto que os torcedores do Galo não fiquem em pé e encostados no vidro. O arquiteto ainda citou que o espaço é previsto para Pessoas com Necessidades Especiais (PNE), além de ser uma rota que facilite a evacuação de todos no setor no limite de 30 minutos previsto pela lei.
“Quando você faz a arquibancada muito próxima do gol, acaba tendo dificuldade de visibilidade para ele. (…) Mas tem visibilidade sim, não tem ponto cego. Se todo mundo fizer a coisa certa, que estejam todos sentados ou em pé as pessoas ainda verão o gol. Mas dentro das regras impostas pelas legislações e que obviamente vieram como consequência do que temos hoje, que é a forma como foi feito o projeto”, afirmou.
“Quem está mentindo?”: Mário Marra contesta processo de SAF do Atlético
A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético foi aprovada no último dia 20 de julho. O Conselho Deliberativo do clube mineiro aprovou a venda de 75% das ações do clube mineiro por R$ 913 milhões à Galo Holding, composto pelos 4R’s, Rafael Menin, Renato Salvador, Ricardo Guimarães e Rubens Menin.
Ao todo, foram 337 votos a favor, quatro contras, cinco abstenções e 62 ausências.
Comentarista da ESPN, o jornalista Mário Marra, em participação ao podcast Flow Sport Club, fez um desabafo sobre o processo de transformação da associação em SAF, comentando sobre a transparência do processo.
“Mas não dá para você falar, ah, salvaram… quando você vê que um conselheiro falou que não foram entregues os documentos (a tempo). Como você vai disponibilizar todo o relatório apenas na sede do Conselho, na hora de votar? Isso não é o processo mais liso e transparente, a palavra que mais ouvi de quem sumiu”, afirmou.
“Quem está mentindo? É você ou o conselheiro que postou falando que não recebeu e que, no dia, inclusive, não pôde votar, porque tinha um compromisso em Brasília”, prosseguiu Marra.
Segundo Marra, o processo não foi transparente e criticou a falta de tempo para análise dos conselheiros do clube. O jornalista ainda destacou que não sabe o que vem pela frente para o Atlético.
“Transparência e salvação eu não posso falar. Entendo que esse processo se tornou muito necessário por causa do endividamento do clube, mas também feito, boa parte dele, por quem estava lá. Vamos ver o que vai acontecer. Ah, então o Atlético acabou? Não acabou. Eu não sei o que vem pela frente”, finalizou Marra.
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