Colunista dispara contra reconhecimento do Brasileirão de 1937 do Atlético: ‘Estádio lindo e título ridículo’

Atlético
Foto: Pedro Souza/Atlético

Neste último domingo (27), o Atlético inaugurou a Arena MRV, o seu estádio próprio, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Santos, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. E mais um motivo para comemorar foi que, na sexta-feira anterior, a CBF reconheceu o título do Atlético de 1937 como o Campeonato Brasileiro daquele ano, tornando o time mineiro tricampeão da competição.

E o fato dividiu opiniões na internet, entre os que concordam e os que discordam da unificação do título do Atlético. Neste último grupo, o colunista do UOL Esporte, Júlio Gomes, afirmou que o título é ‘rídiculo’.

Veja uma parte da coluna do jornalista sobre o assunto envolvendo o Atlético:

Galo ganha jogo, estádio lindo e título ridículo

“…De triste mesmo, e esta é a palavra, “triste”, só a unificação de mais um título. O Torneio dos Campeões de 1937 agora virou “Campeonato Brasileiro”. ë um troço realmente ridículo o que a CBF fez. Como já era ridícula a unificação promovida em 2010, considerando os Robertões e as Taças Brasil equivalentes ao Brasileirão.

O Brasil, como disse o PVC, gosta de não conhecer o Brasil. Cada torcida tem todo o direito de valorizar o que seu clube ganhou no passado. Pode por estrela na camisa, colocar na letra do hino, fazer faixas e bandeiras. Não há razão alguma para criar narrativas diferentes do que a história que foi contada ao longo de 50 ou 80 anos. A forçação de barra, na verdade, só faz desmerecer grandes feitos do passado.

A história do Campeonato Brasileiro não foi recontada, ela foi distorcida e estragada por dirigentes sem nenhum compromisso com o passado. Tanto que, logo logo, dada a absurda diferença de visões e opiniões, será necessário fazer um recorte e dividir tudo entre o que aconteceu e depois de 2003 (pontos corridos). Seria até justo. Foi o ano em que o futebol brasileiro resolveu jogar no lixo o futebol estadual, que lhe fez multicampeão de Copas, e adotar o modelo elitista e nacional, que beneficia meia dúzia de clubes...”