O que ainda podemos buscar, de fato e o que fazer com Felipão?

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Foto: Galo TV

A última rodada foi bem interessante para as pretensões atleticanas. Falando nisso, quais seriam de fato as pretensões alvinegras para o restante da temporada? Diferentes torcedores estão especulando como será nosso final de Brasileirão. Alguns acreditam que a vaga para a pré-Libertadores é mais a realidade, outros bem mais empolgados falam até em possibilidades de título; particularmente acredito que uma vaga direta na Libertadores já salvaria nosso ano. Aquela maldita sequência negativa após a chegada de Felipão acabou por prejudicar a possibilidade de título e se, somente se, ao final do campeonato a taça viesse para nós estaríamos diante da virada mais espetacular de toda História dos campeonatos brasileiros! Mas calma, vamos acordar e focar na realidade.

            Nos últimos jogos o time tem tido a cara do Felipão. Não muito bonita obviamente. Mas os resultados estão vindo, sejam por sorte ou por talento. O futebol pragmático de resultados, que fez dele o treinador vitorioso de outrora está fluindo, e torço para que esse pragmatismo venha a trazer títulos futuros. A cara dos times de Felipão é sempre a mesma, com um retoque aqui e ali. Defesa sólida e forte, marcação dura com a meta de não sofrer gol e o ataque posicionado para tentar fazer pelo menos um; se isso acontecer o 1 x 0 está garantido, se fizer mais gols bom também, mas se 1 x 0 já garante três pontos pra que arriscar? Esse é o raciocínio de Scolari, pegando seu histórico não é difícil ter essa conclusão.

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Foto: Pedro Souza/ Atlético

            Ele foi campeão da Copa do Brasil com o Criciúma em 1991, mas eu ainda não conseguia acompanhar bem futebol naquela época, agora do Grêmio em diante já acompanhava mais, todas as suas equipes jogaram no mesmo padrão listado acima. E muitos títulos foram comemorados assim por suas equipes. Mesmo na conquista do pentacampeonato mundial pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo em 2002 esse padrão não foi quebrado; a defesa foi escalada com três zagueiros (Roque Júnior, Edmílson e Lúcio) e o meio com dois volantes (Kléberson e nosso craque Gilberto Silva), garantindo a proteção e consistência necessária para que os 4 R’s brilhassem lá na frente.

            Nos últimos cinco jogos não sofremos gols (Ufa!!) Algo que era impensável para nós dada a vulnerabilidade da nossa defesa durante todo ano, sendo que nos últimos jogos Everson tem feito ótimas defesas que têm garantido os placares magros que estão nos valendo preciosíssimos pontos. Sinceramente fico muito na dúvida em relação a esse estilo de jogo, e percebo que a maioria da torcida também não é muito fã de que o time abra o placar e fique tomando sufoco, confiando na má pontaria dos adversários, na solidez defensiva e num possível contra-ataque que possa vir a matar o jogo. Nas últimas 5 partidas deu certo, mas até quando continuará sendo efetivo? Os pontos estão sendo somados, sem atuações confiáveis, o que está inquietando a torcida. É o velho dilema do futebol: Vencer ou jogar bem? Já vimos muitos times jogarem bem e não vencerem, enquanto times pragmáticos e sem encanto levantaram taças, então…

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Foto: Pedro Souza

            Os torcedores estão bem divididos. Todos querem que ao final das 38 rodadas estejamos classificados para a Libertadores, porém uma boa parte não quer a permanência de Felipão, independente da classificação que terminaremos. Nesse caso preciso aguardar para ter uma opinião final. Se os resultados continuarem sendo efetivos que ele fique, até porque treinador no Brasil, está cada dia mais difícil, já que se o elenco não ficar satisfeito, fazem corpo mole para derrubarem o treinador sem pensar no sofrimento da torcida e nas consequências esportivas para o time, que o digam Paulo Souza e Vítor Pereira no Flamengo e agora Bruno Lage no Botafogo. Então os clubes devem primeiro averiguar com o elenco se tiver que trocar o treinador, uma nova realidade do futebol moderno. E dá-lhe Galo!

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Foto: Pedro Souza