Investidor recebeu a premiação de gala

O Atlético teve um de seus investidores premiado na Europa no dia de ontem. Ricardo Guimarães, que já foi presidente do Atlético em 2005 e hoje faz parte do colegiado os “4RS”, é presidente do Conselho Deliberativo e também possuirá ações na SAF, com percentual de 10,2, na Galo Holding. Ricardo recebeu honraria máxima de um dos clubes mais tradicionais do velho continente, o Porto de Portugal.

O executivo recebeu o prêmio ” Dragão de Honra “, principal honraria concedida pelo Futebol Clube do Porto. Ricardo Guimarães participou ativamente da construção do Museu do Porto, um dos mais modernos centros de memória esportiva do mundo. O empresário, além de ser investidor do galo, é presidente do conselho de administração do banco BMG que foi um dos principais apoiadores nesse projeto do Porto. O 10º aniversário do centro de memória.

O clube fez a homenagem em uma noite solene, fazendo aniversário de 130 anos e premiando Ricardo Guimarães, que falou sobre o momento:

“Estar aqui hoje e receber essa grande honraria, que é o Dragão de Honra, é um motivo de muito orgulho. Orgulho para mim, para a minha esposa Cláudia, para os meu filhos e para o banco BMG. Ainda mais nessa noite de gala que também se comemora os 130 de histórias e glórias do Futebol Clube do Porto”, disse o empresário.

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Ricardo Guimarães fala sobre SAF e o ano do rebaixamento do clube

 Alessandro Campos28 de setembro de 20234 min de leitura

Foto: Bruno Sousa/CAM

Presidente do Conselho deu entrevista ao GE

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Ricardo Guimarães, concedeu entrevista ao Globo Esporte. O dirigente presidiu o alvinegro em 2005, ano do rebaixamento do galo e participou também do ano mais glorioso da história do Atlético em 2021, fazendo parte dos investidores “4RS”, tendo agora participação na SAF.

Ricardo falou da dificuldade na época que esteve a frente da presidência, onde sucedeu o então presidente Nélio Brant:

“- Eu completei o trabalho do Nélio até dezembro de 2003, ou seja, praticamente o mandato todo dele. Fui eleito para o triênio 2004-2006. Que seria, em tese, meu primeiro mandato. Eu, como atleticano, tenho muito orgulho de ocupar o cargo de presidente do Atlético. Mas, ser presidente de clube de futebol, e principalmente do Atlético naquela época, era uma das coisas mais difíceis que poderia haver. A ideia de fazer uma mudança é difícil de ser implementada dentro de uma engrenagem do futebol. Havia uma outra mentalidade. Difícil mudar. Você é quase um Dom Quixote.”

Destacou sobre o processo da SAF:

“- Nós tentamos fazer o processo mais transparente e democrático possível. Sem dúvida alguma, a melhor iniciativa da SAF era ter um investidor externo, que avaliasse o Atlético, e que trouxesse o dinheiro para ser o majoritário. Esse era o projeto e sempre trabalhamos com essa proposta, com declarações de todos nós nesse sentido. Fomos ao mercado com esse intuito, com assessores especialistas nisso. Fizemos o trabalho de preparar a SAF, que chamamos de “road show”, tendo a E&Y e o BTG como os assessores. Mandamos esses teasers para mais de 100 possíveis investidores. Houve reuniões e viagens ao exterior.”

Ainda sobre SAF, ele falou da mudança de rota, após as procuras por investidores:

“- Sim, a rota mudou. Foi bem próxima da reunião. Começamos a discutir, debater o assunto. Para o bem do Atlético, talvez fosse necessária uma decisão que a gente já tinha descartado, que seria nós mesmos sermos os parceiros majoritários. Buscamos o tempo todo o quadro no qual a gente só participaria de forma minoritária. A SAF do Atlético era quase inevitável, pelo nível de endividamento. E por um fator que não está no controle do mercado de futebol, que é a taxa de juros em 13,75%, que encarece demais o custo da dívida. A gente precisava, e ainda precisa, acabar com esse ônus. Isso comia uma grande parte da nossa receita.”

Ricardo Guimarães confirmou que a dívida do clube com ele foram transformadas em ações na SAF, ele terá 10,2 % das ações na Sociedade Anônima do Futebol atleticana.