Atlético: diretoria resolve pendência com jogadores, mas está longe de resolver problemas do Galo

Com o intuito de melhorar o clima com o elenco, o Atlético realizou todos os pagamentos pendentes com os jogadores poucas horas antes de entrar em campo contra o Millonarios, na quarta-feira (15). O galo ainda devia a parcela do 13º salário e o direito de imagem de fevereiro. As pendências com os atletas foram colocadas em dia.

Outro problema que também foi solucionado envolve os fornecedores do “Manto da Massa”. O alvinegro realizou novos acordos com a fábrica têxtil. Atualmente, 98% das camisas vendidas (130 mil) foram fabricadas e entregues ou estão em processo de entrega. Faltam 2,5 mil “mantos” para fabricar e chegar nas mãos dos compradores.

Mesmo assim, o clube de Belo Horizonte corre para buscar novos recursos para as despesas diárias. Na próxima segunda-feira (20), vence o direito de imagem de fevereiro/março. O Galo tem uma folha salarial mensal entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões com os atletas.

Uma das soluções é a premiação em competições. Com a classificação na fase de grupos da Libertadores, o Atlético irá ganhar cerca de R$ 16 milhões e ainda poderá receber R$ 1,5 milhão a cada vitória nessa etapa. Outra opção é a venda de atletas. A diretoria segue contra a venda do volante Allan.

Em contrapartida, outros jogadores que são pouco aproveitados por Eduardo Coudet, podem virar alvos de transferências. Como Ademir (que recebeu sondagens de Botafogo e LA Galaxy), Eduardo Sasha e Nathan, por exemplo. Até o momento, o Atlético fez cerca de R$ 60 milhões em vendas de atletas. A meta de 2023 é de R$ 80 milhões.

Finanças do Atlético

O Atlético tem uma situação financeira delicada, com dívida acima de R$ 1,5 bilhão, parte onerosa na casa de R$ 600 milhões e com novos empréstimos bancários realizados para fazer fluxo de caixa. Houve a venda de 24,95% do Diamond Mall (R$ 170 milhões, sendo R$ 68 milhões pagos à vista, mas boa parte já alocada para pagar compromissos). Os outros 24,95% devem ser adquiridos pelo Fundo de Investimento Imobiliário Pedra Negra, pelos mesmos R$ 170 milhões.