Técnico tem contrato até o fim de 2024
o jornalista Jorge Nicola publicou ontem, a lista com o salários dos treinadores dos 20 clubes da elite. Felipão aparece em 7º, ao lado do ex treinador do Atlético e hoje no Internacional, Eduardo Coudet. No ranking, também consta Fernando Diniz, contando 500 mil pagos pela CBF e Renato Paiva, que pediu demissão do Bahia essa semana.
Confira a relação completa:
1º – Abel Ferreira (Palmeiras): R$ 2,8 milhões mensais
2º – Jorge Sampoli (Flamengo) e Bruno Lage (Botafogo): R$ 2 milhões
4º – Fernando Diniz (Fluminense): R$ 1,3 milhão*
5º – Dorival Junior (São Paulo) e Renato Gaúcho (Grêmio): R$ 1,2 milhão
7º – Eduardo Coudet (Internacional) e Felipão (Atlético-MG): R$ 700 mil
8º – Vanderlei Luxemburgo (Corinthians), Ramón Diaz (Vasco), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza): R$ 500 mil
12º – Diego Aguirre (Santos): R$ 400 mil
13º – Renato Paiva (Bahia): R$ 350 mil**
14º – Antônio Oliveira (Cuiabá): R$ 300 mil
15º – Pedro Caixinha (Bragantino): R$ 290 mil
16º – Fabián Bustos (América-MG): R$ 280 mil
17º – Armando Evangelista (Goiás): R$ 200 mil
18º – Zé Ricardo (Cruzeiro): R$ 180 mil
19º – Wesley Carvalho (Athletico): R$ 120 mil
20º – Thiago Kosloski (Coritiba): R$ 100 mil
O custo da comissão técnica do galo é de 800 mil. O auxiliar Carlos Pracidelli, tem os vencimentos de 100 mil mensais.
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Opinião: A incompatível relação entre Felipão e o projeto tão prometido pelos 4R’s
Felipe Junior4 min de leitura
O texto de hoje não tem o objetivo de diminuir a figura do treinador Felipão, tampouco colocar em xeque o seu vitorioso currículo adquirido durante os anos. Sem dúvida alguma, nenhum treinador conquistaria o que ele Felipão conquistou se não fosse bom, ou se porventura não tivesse o mínimo de conhecimento sobre o que é o futebol, o vestiário de uma equipe competitiva e seus demais bastidores.
Entretanto, há alguns pontos que não podemos ignorar e simplesmente tapar os nossos olhos. O fato é que a postura do time que Felipão tem montado para os jogos é totalmente incompatível aos discursos dos mandatários do clube, apresentando assim uma enorme contradição e incoerência no andamento desse planejamento (caso realmente tenha ocorrido algum).
Vamos aos fatos:
Em primeiro lugar, não podemos negar que desde a chegada no ano de 2020 dos mecenas ao poder do clube, nós mudamos o nosso patamar de competição. O time que anteriormente não tinha nenhuma perspectiva durante as últimas temporadas, com o alto investimento no elenco, passou a figurar entre os favoritos em todos os campeonatos, alcançando seu ápice logo em 2021, conquistando praticamente tudo o que disputou e sendo o time protagonista absoluto em todo o território nacional.
2022 veio, fizemos algumas contratações pontuais, mas infelizmente o time não aparentou dar muita liga. As coisas não saíram da forma que esperávamos e infelizmente não foi possível conquistarmos nada relevante naquele ano.
Mas convenhamos, sendo justos, até aí tudo bem. Não dá pra ganhar tudo todos os anos e ficar um ano aqui e outro ali abaixo das expectativas é normal e aceitável. Em um futebol tão competitivo, como o brasileiro, nunca foi possível até aqui um clube simplesmente inaugurar uma dinastia e se tornar imbatível, então basta termos o bom senso.
O problema mesmo é o ano atual. Eu entendo e concordo com a ideia de reformulação, mas não como foi a desse ano. O time simplesmente se desfez de muitas das principais peças do elenco e simplesmente em momento algum da temporada cogitou fazer reposições convicentens para Felipão.
O que estou dizendo agora, inclusive, pode até soar repetitivo ou então como oportunista, me trazendo o título de “profeta do acontecido”, mas é visível que o que projetaram para esse ano não trouxe resultado e é totalmente incompatível ao projeto que nos prometeram em campo.
O time, além de extremamente enfraquecido, nesse ano sequer trouxe lampejos de convencimento e em momento algum nessa temporada convenceu em campo. São 9 meses de pura instabilidade e inconstância, alternando entre altos e baixos, sendo que os pontos baixos estiveram muito mais presentes do que os altos.
E aí vem a figura do Felipão. Vencedor, experiente, grande entendedor do esporte, mas infelizmente, ao que parece, com todo respeito, ultrapassado.
Eu poderia citar a larga sequência de quase 10 jogos sem vitórias que o time teve em seu comando para comprovar isso, mas o último jogo contra o Athlético Paranaense já resta suficiente para esse fim.
O time que iniciou o jogo bem, pressionando, com o controle da partida, já marcando um gol desde cedo, simplesmente do nada mudou a sua postura, recuou, chamou o adversário para o seu campo, jogou como uma equipe menor e inexpressiva, abusou da cera, abdicou de jogar e por fim, tomou o inevitável gol de empate.
“Nosso primeiro tempo foi bom, o segundo não foi. Ficamos satisfeitos porque nós não perdemos”. Essas foram as palavras ditas pelo treinador após o jogo. Acho que dá para compreender o ponto-chave disso aqui, não é mesmo?
Como um time que, segundo os mandatários, foi montado para ganhar títulos e figurar lá em cima, se contenta com esse tipo de exibição e sai satisfeito pelo simples fato de não perder? Como que um time que foi montado para alegrar a torcida e honrar a nova arena pode se limitar a esse tipo de circunstância e todo mundo achar normal e simplesmente passar batido?
Honestamente, qual é a nossa pretensão pra esse final de ano? A nossa realidade agora é essa? O projeto vencedor mudou o rumo e hoje somos aquela equipe que tem tanto medo de perder, que simplesmente perdeu a vontade de ganhar? Onde está a coerência? Devemos voltar a nos acostumar com a mediocridade?
Se os 4R’s, que tanto dizem se sentir ofendidos com as críticas sofridas ultimamente por boa parte da torcida, realmente se importam com o clube e realmente foram verdadeiros quando nos prometeram tudo aquilo, que eles dêem um jeito de dar uma resposta para nós, que há anos provamos amar esse clube, e mudem tudo isso para a próxima temporada, porque sejamos sinceros, hoje o que tem imperado no clube é a mediocridade.
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