O Galo vinha de uma péssima sequência na temporada sobre o comando de Turco Mohamed. A diretoria optou por demiti-lo com apenas cinco derrotas na temporada.
Após sua demissão, Cuca chegou e o Galo também teve um jejum sem vencer, mas voltou a ter resultado positivo neste domingo, quando venceu o Coritiba por 1 a 0 fora de casa.
Em entrevista a ESPN nesta segunda-feira, Turco falou sobre a demissão. O treinador afirmou que no futebol brasileiro, tudo é culpa do treinador e não olham o desempenho dos jogadores.
As decisões tomam os donos. E quando se tomam essas decisões temos que respeitá-las. Nós acreditamos também que foi muito gerado pelas redes sociais, porque queriam outro treinador, queriam a volta do Cuca. Quando o time jogava mal, sempre a culpa era nossa. Nesse caso, nunca se levava em conta o rendimento dos jogadores. Sabíamos que ia ser assim, que ia ser uma etapa difícil, um momento de transição quando a equipe jogava mal.
Turco

O treinador ainda detonou o futebol brasileiro em relação a como eles lidam com os treinadores. Por fim, ele usou o exemplo de Marquinhos Santos, demitido do Ceará.
Se você está a cinco pontos da liderança, se espera. Na Espanha, se o Real Madrid está a cinco pontos, se diz que falta um montão. Aqui está a cinco pontos (do líder) e é como se fosse um fiasco. Então, toda essa pressão cai em cima do treinador. Toda semana trocam dois treinadores. Toda semana! Esta semana caiu o do Ceará. (E fez uma boa série contra o São Paulo na Copa Sul-Americana).
Turco
Galo estuda proposta e grande decisão pode ser tomada ainda 2022
O Atlético vem estudando a possibilidade de se tornar SAF (Sociedade Anônima do Futebol) ainda em 2022. Sendo importante destacar que a decisão ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do Galo. Mas em síntese, caso a migração para clube-empresa seja realizada, haverá a separação do Galo como associação civil – clube social – e departamento de futebol, a ser comandado pela SAF.
E pela Lei da Sociedade Anônima do Futebol, é necessário que as instituições mantenham, no mínimo 10% da SAF, ou seja, qualquer parcela acima desse percentual específico, poderá ser comercializado a um investidor. As empresas, no entanto, optam sempre por buscar um controle majoritário dos clubes, ou seja, ao menos 50,1% das ações.
Pela Lei da Sociedade Anônima do Futebol, as instituições precisam manter, no mínimo, 10% da SAF. Qualquer parcela acima desse percentual pode ser comercializada a um investidor. As empresas, apesar disso, buscam sempre o controle majoritário dos clubes – ou seja, ao menos 50,1% das ações.
No entanto, ainda que não possua a maior parte das ações, as Associações Civis tem o poder de veto em possíveis trocas de sede, cor de uniforme, escudo, hino e etc. Essas medidas visam preservar as tradições históricas dos clubes em questão.

E segundo a Lei da SAF, o clube-empresa deve repassar 20% do faturamento recebido e 50% de eventuais lucros para que o clube pague dívidas, cíveis e trabalhistas constituídas pela associação civil antes da migração para SAF.
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