O Atlético-MG ensina o Cruzeiro a usar a base

Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Clube Atlético Mineiro
Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Clube Atlético Mineiro

A reportagem do Convocados, produzida pela Galápagos Capital em conjunto com a Outfield, que destacou queda de gastos do Cruzeiro e aumento de dívidas, também revelou uma situação delicada em relação aos investimentos nas categorias de base do clube. Nesse aspecto específico, os dados dos últimos cinco anos indicam que a Raposa ocupa a décima posição entre as 20 integrantes da Série A em investimentos no setor.

Porém, entre os times com mais tradição, o Cruzeiro está entre os três times que menos investiram nas categorias de base, atrás de Corinthians e Botafogo. A situação fica ainda pior se olharmos para os últimos anos, em que o rival Atlético-MG passou pela pior crise. Em 2020, o clube investiu apenas R$ 9 milhões no setor, enquanto em 2021 e 2022 praticamente não houve investimento.

O relatório também revela o retorno financeiro dos investimentos feitos considerando as categorias de base e as negociações dos jogadores. Nesse quesito, o retorno do investimento do Cruzeiro é de R$ 1,2 para cada R$ 1 investido, o segundo pior entre os 18 clubes classificados da Série A, à frente do América – vale lembrar que Cuiabá e Bragantino não entraram no cálculo.

Para ilustrar a diferença, o retorno financeiro do Galo é cerca de três vezes superior ao do concorrente, totalizando R$ 3,1 para cada R$ 1 investido. Curiosamente, a base alvinegra é o setor mais criticado de Massou há algum tempo devido à baixa proporção de atletas expostos.