Coluna do Galo: Ehhhh Felipão, não era para terminar assim!

Felipão
Foto: Reprodução

Felipão deixou o comando do Galo, após desempenho irregular em 2024.

Felipão
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Que semana agitada pelos lados do Atlético! No domingo, classificação à final do Campeonato Mineiro. Segunda-feira o clube conheceu sua chave na Copa Libertadores e na quarta, talvez a principal notícia entre os grandes clubes do Brasil, a demissão de Luiz Felipe Scolari.

A primeira partida da semifinal contra o América, mostrou uma equipe aguerrida, com melhor sintonia em relação as arquibancadas, porém o jogo da volta mostrou dificuldades que já vinha minando o trabalho da comissão técnica.

Foto: Pedro Souza/ CAM

O que é o futebol! Ano passado, quando da chegada de Felipão, foram jogos e jogos sem vitória e, um desligamento ali, soaria como natural, não deu certo e ponto. Depois o time engrenou, foi a melhor equipe do returno, com partidas letais, coletivo consistente que o credenciaram a cumprir o contrato, valendo até dezembro desse ano. No fim da temporada passada, ninguém tinha dúvidas que o Galo 2024 teria que ser com ele.

Felipão
Foto: Pedro Souza/ CAM

Se esperava mais tranquilidade, uma vez que, quando iniciou havia herdado um elenco que não tinha suas características, não foi montado por sua comissão técnica. Então, era natural ter mais facilidade agora, com tempo, pré-temporada, reforço de peso, manutenção de praticamente todo o time. Mas como o futebol, não é ciência exata, não é receita de bolo, a coisa não andou.

O que aconteceu com o Galo de Felipão em 2024?

Não deu liga! O time acabou involuindo em relação a 2023 e isso é sim responsabilidade do treinador. Além disso, Scolari parece não ter entendido o clube em que estava trabalhando, ou simplesmente já havia cansado disso tudo. O sarrafo para esse ano naturalmente iria subir e se houvessem momentos instáveis, o mínimo que se espera de um comandante é sentir o momento, jogar junto, estar junto do clube e torcedor, isso definitivamente não acontecia.

Atlético Arena MRV
Foto: Daniela Veiga/ Atlético

A massa atleticana joga junto o tempo todo e exige jogar junto com ela também. Scolari não estava em sintonia com o torcedor, isso refletia em campo. Para trabalhar no Galo, é preciso sentir o ambiente, ser sanguíneo, falar a mesma língua. Caso isso não ocorra, uma atitude precisa ser tomada, como foi e, em consenso.

Felipão Galo
Foto: Pedro Souza/ Galo

Por todo o período do treinador no Atlético, não precisava ser assim, ele tinha capacidade para fazer diferente, fazer melhor, já vimos isso no próprio Galo. No entanto, se existia hora para acontecer, era agora. Ao Felipão, o maior vencedor do futebol brasileiro, fica meu agradecimento, não poderia encerrar a carreira sem passar por aqui. Sucesso nos próximos passos!

Ao sucessor, uma dica: Jogue com a massa, esteja com ela, chore, vibre, ganhe, perca; sinta o Galo. Se for assim, você nunca se sentirá sozinho!

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