Opinião: Galo 2023: Instabilidade e pragmatismo. Onde isso irá nos levar?

Galo
Foto: Reprodução

Mais uma noite de Galo. Partida mais ou menos equilibrada, um golzinho de pênalti, uma recuada típica dos times do Felipão, umas ceras aqui, um sufoco ali, um gol no contra-ataque que fez a gente pensar que teríamos um final de jogo tranquilo, seguido de uma falha da defesa, um gol tomado e um final recheado de muita oração, muito palavrão e os três pontos trazidos para casa. E para registrar, mais uma partida que o Jemerson falhou num lance de gol.

De positivo a primeira vitória do Galo na história do confronto jogando em Bragança, já que até a noite de quarta todos os confrontos lá haviam terminado em empate.

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 Pode chamar a NASA, pode chamar qualquer médium, pastor, aiatolá, qualquer instituto de ciência do planeta, as mentes mais brilhantes da atualidade que não conseguirão explicar o fenômeno Clube Atlético Mineiro no Brasileirão 2023. Em uma rodada a consistência em uma partida nos leva a pensar que o time irá brigar tranquilamente para o objetivo que restou na temporada, a saber, vaga direta na Libertadores. Na outra rodada, um time burocrático e improdutivo que nos leva a glorificar a Deus por somar pontos suficientes para não pensar em rebaixamento. Uma aspa para dizer que mesmo nos jogos mais consistentes, ainda assim as atuações não têm sido um primor. O suficiente apenas para somar os três pontos, mas sem dar nenhuma confiança para a gente.

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 Desde o início do ano o Galo foi uma montanha russa de emoções. Caminhando aos trancos e barrancos, e na verdade tem sido assim ainda, e a permanecer desse modo, conseguiremos encerrar o ano do jeito que começamos, um time com bastante instabilidade e sem nenhuma segurança e confiança; o que não seria nada anormal se não tivéssemos um elenco caro igual temos. Estamos parecendo o Robin Hood dos pontos corridos, um ressuscitador de defuntos. A cabeça da torcida vai explodir esse ano tentando entender esse time, calculando a quantidade de pontos improváveis que perdemos e lamentando, lamentando e lamentando mais um pouquinho a colocação que poderíamos estar ocupando.

No início do ano o time não engrenava de jeito nenhum. Vencemos o Mineiro numa sofrência danada, quando deveríamos ter sido campeões com um pé nas costas. Fomos capengando na Copa do Brasil até sermos eliminados por um dos piores Corinthians dos últimos anos e no campeonato Brasileiro estamos aí quase sem unhas e precisando de um novo repertório de preces e palavrões. Sinceramente o futebol tem o velho ditado de ser uma caixinha de surpresas, mas nem ouso especular como vai terminar a nossa temporada.

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Todos os meus prognósticos para essa temporada foram por água abaixo e acredito que a torcida compartilhava o mesmo que eu no início do ano. Tinha tudo para dar certo, mas infelizmente não deu. Esse ano foi um ano tão diferente que até o Manto da Massa, que sempre foi uma grande expectativa da torcida, nos decepcionou e nem é pelo preço. Caro? Sim, está. Mas o gosto não foi algo que agradou a Massa. Claro que tem quem gostou, mas pelas vendas bem abaixo em relação a outros anos creio mesmo que o design não agradou, assim como tem sido nossos jogos.

Umas partidas sem brilho. Um tal de sair na frente e recuar, contando com a sorte e defesas do Éverson que estão embranquecendo meus cabelos. Um time que não consegue pressionar e sufocar o adversário, que parece que não muda estando ganhando ou não. De qualquer jeito é o que temos para o restante da temporada. Vamos apoiar e continuar torcendo para que o alvo que ainda nos resta seja atingido. E dá-lhe Galo!